quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Com crise financeira, Globo oferece menos do que paga hoje para renovar com clubes no Brasileirão


A Globo propôs uma redução nos valores que paga aos clubes da primeira divisão para renovar antecipadamente o contrato de transmissão dos jogos do Brasileirão.
Em conversas separadas com as equipes, a emissora explicou que a crise financeira diminuiu o apetite dos anunciantes para justificar o corte, que pelo menos em alguns casos é de aproximadamente 25%.
Para compensar a redução, a Globo oferece uma antecipação milionária. Seria como um empréstimo, mas com a vantagem de não serem cobrados juros.
O valor varia de acordo com o clube. Uma das antecipações estipuladas é de R$ 30 milhões.
A quantia antecipada será descontada em parcelas anuais até 2020, quando terminaria o compromisso. O acordo atual vai até 2018.
As negociações ainda estão no começo, e a maioria dos cartolas não gostou do que ouviu por causa da queda de receita. Porém, há quem entenda que pegar uma bolada agora sem precisar pagar juros seria um excelente negócio. Principalmente para ajudar no pagamento de 13° salário.
Nesta terça, os dirigentes se reuniram com representantes da emissora, mas o tema central foi a arrecadação do pay-per-view em 2015.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ibope: Lula ainda lidera para 2018

Ex-presidente ainda é o nome mais forte para a disputa em 2018
Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira pelo jornal Estado de S. Paulo mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é o nome mais forte para a disputa presidencial de 2018.
Uma das conclusões da pesquisa, que considera alguns possíveis candidatos para a próxima disputa, é a de que ninguém sai vencedor. Outra é a de que a taxa de eleitores que dizem que votariam com certeza em Lula ainda é maior do que a de todos os seus rivais: 23%. Em maio de 2014, esse índice era de 33%.
Em segundo lugar aparece o senador Aécio Neves (PSDB), com 15%, seguido de perto por Marina Silva (Rede), com 11%. O também tucano José Serra tem 8%, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 7% e Ciro Gomes (PDT), 4%.
A rejeição ao ex-presidente Lula cresceu, aponta também o levantamento. Percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum no petista saltou de 33% em maio de 2014 para 55% agora.
De acordo com a sondagem, uma fatia crescente do eleitorado demonstra desprezo por todos os políticos: rejeição a Aécio subiu de 42% para 47% em um ano, a Marina de 31% para 50% neste período, a Serra, de 47% para 54% em dois anos. Não há comparativo, mas a rejeição a Alckmin e a Ciro Gomes é igualmente alta: 52% para ambos.
A pesquisa Ibope foi realizada entre 17 e 21 de outubro.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Será verdade que LULA sabe que MORO quer prendê-lo!


A Lava-Jato é só pra isso, diz matéria  do Conversa Afiada

O passarinho pousou numa janela do Instituto Lola ( revisor, não mexa aí), no bairro do Riacho, em São Paulo, e mandou dizer:

- o Lula sabe que o Moro só pensa em prender o Lula;

- que o Moro sabe que o Dirceu, o Vaccari e o Duque não vão confessar nada;

- que ele, Moro, agora só tem peixinho pra pescar - já que tucano não vem ao caso;

- que, se prender o Lula,  ele chegará aos pincaros da Glória um Excelsis: será maior que o Barbosa e o Gilmar no Panteão da Casa Grande;

- que até à chegada do Bumlai na Lava Jato estava difícil algemar o perigoso meliante Lula da Silva;

- mas, agora as esperanças se reacenderam;

- Lula está preparado inclusive para ser preso na ida ou na chegada de uma viagem ao exterior, para que a heróica ação da Policia Federal se projete mundialmente.

Como diz o Conversa Afiada: com esse lealissimo  da Justiça o Lula vai passar o Natal na cadeia.

Paulo Henrique Amorim

Autor do Golpe diz que pedido é "recorta e cola" do anterior

Miguel Reale Jr e o deputado tucano Carlos Sampaio entregaram novo documento a Eduardo Cunha
Autor, ao lado do jurista Hélio Bicudo, do novo pedido de Golpe protocolado nesta quarta-feira (21) na Câmara dos Deputados, o jurista Miguel Reale Júnior admitiu que não há novidades no documento em relação ao que foi apresentado anteriormente. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Reale afirmou que o pedido é um "recorta e cola" do primeiro processo que ainda será avaliado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A declaração, porém, não foi bem recebida pela oposição que pede a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff. Como o novo pedido é uma tentativa de superar as liminares dos ministros do STF Rosa Weber e Teori Zavascki, que impediram que se abra processo de impeachment sem provas contra a chefe do Executivo, o receio é que outros ministros do Supremo possam ver o novo documento como uma tentativa de driblar as decisões de Zavascki e Weber.

Alexandre Garcia provocou polêmica ao dizer que “o país não era racista até criarem as cotas”.



O jornalista Alexandre Garcia, porta-voz do governo General Figueredo, da Globo, conseguiu falar outra bobagem numa lista que parece interminável. Comentando sobre o cadastro do Simples Doméstico, Garcia descobriu o seguinte: “O país não era racista até criarem as cotas”.

Várias pessoas comentaram nas redes sociais mostrando  indignação  na fala de Alexandre Garcia, usando falsidade intelectual e abusando de privilégio branco.

Alexandre Garcia é patético e preconceituoso, de uma família tradicional Europeia, na qual todo ano se reuni e nesse meio você não ver o legitimo brasileiro a mistura do negro do branco e do índio Este Senhor  quer mostrar uma história reinventada, quer distorcer os fatos. 

É notório que os negros do continente Africano  não vieram como os Ancestrais de Alexandre Garcia em explorar o Brasil. Os negros vieram para ser escravos, agachados no porão do navio negreiro remando da África ao Brasil, muitos não conseguiam chegar e eram jogados ao mar! Os livros de História publicados recentemente sumirão com a verdade dos Índios e negros. Como não bastasse, agora vem esse senhor querer reinventar a história e dessa forma tirar o direito de fazer justiça Social, negada ao longo da História ao negro e ao Índio. 

Quando os Alemães reconheceram as atrocidades que fizeram com os Judeus cada descendente ganharam 1.000.000, Euro. 

E os descendentes dos negros escravos e índios que sofreram atrocidades pelo ancestrais de Alexandre Garcia?

O combate à corrupção pode ser o principal legado da presidente Dilma Rousseff. Por isso que nunca se falou tanto de CORRUPÇÃO nesse país!

O jornal Financial Times afirmou em reportagem que o combate à corrupção pode ser o principal legado da presidente Dilma Rousseff pelo Brasil. O governo de Dilma é citado por ser pioneiro ao criar novos mecanismos que aprimoram o combate a crimes contra o patrimônio público, como a delação premiada.

Segundo o jornal, após o mensalão, Dilma assinou uma legislação anti-corrupção que permitiu a investigadores negociar a delação premiada, ou acordos de leniência, em que um suspeito pode concordar transformar informante em troca de uma sentença mais leve. 

"O governo Dilma tem se diferenciado pela forma como lidou com a corrupção endêmica no Brasil. Em 2011, o primeiro ano de seu primeiro mandato, ela demitiu alguns ministros depois de denúncias de corrupção. Em 2013, ela não tentou interferir quando membros do PT foram condenados por envolvimento no mensalão", disse.

Assista o vídeo.


Gilmar Mendes arquivou investigação de crimes financeiros contra Eduardo Cunha

Fonte: Jornal do Brasil
O site "Migalhas" trouxe à tona nesta quarta-feira (21) um despacho do dia 6 de maio de 2014 do ministro Joaquim Barbosa, publicado no Diário Oficial, em que manda autuar e distribuir uma investigação da Polícia Federal na Divisão de Repressão a Crimes Financeiros. 
Segundo a PF, foram identificadas transações cambiais com indícios de irregularidades supostamente realizadas por várias pessoas, nas quais se incluem o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Além dele, aparecem na lista o senador Álvaro Dias (PSDB), o ex-senador Jorge Bornhausen, entre outros.
Petição assinada pelo então presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa

Petição assinada pelo então presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa

A Petição 5.169, que tramitou com "segredo de justiça", foi distribuída ao ministro Celso de Mello. Declarando-se suspeito, Mello deu continuidade à distribuição da petição, que caiu nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que mandou arquivar os documentos e os devolveu à Procuradoria-Geral.
O "Migalhas" acrescenta que, como se trata de investigação aberta em 2006, a qual envolvia personagens com foro privilegiado, o caso aportou na PGR (as decisões dos ministros Joaquim Barbosa e Gilmar citam a cota do parquet, sem dizer quem a subscreveu). Na época (de 2005 a 2009), o chefe do MPF era Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, que hoje é justamente o advogado que representa os interesses do presidente da Câmara.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Defensores do impeachment de Dilma poupam Cunha durante ato de entrega do novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff

Os deputados e líderes de movimentos de rua que participaram na Câmara dos Deputados do ato de entrega do novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff pregaram nesta quarta-feira (21) a urgência do fim da corrupção no mundo político, mas, nos discursos, não mencionaram em nenhum momento o nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cabe ao presidente da Câmara, que abriu seu gabinete para receber o novo pedido, decidir se dá ou não sequência ao processo contra a petista. O peemedebista foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a suspeita de envolvimento no petrolão e é suspeito de esconder no exterior contas irrigadas pelo esquema.
Na entrevista coletiva concedida logo após a entrega, os líderes dos dois principais partidos de oposição, Carlos Sampaio (PSDB-SP), e Mendonça Filho (DEM-PE), não apareceram, diferentemente do ocorrido em outras ocasiões. PSDB e DEM foram representados por vice-líderes.
Destoando do discurso público, em que optam pelo silêncio ou por um tímido pedido de afastamento, nos bastidores a oposição mantém o suporte político a Cunha com o objetivo de influenciá-lo na decisão sobre o impeachment.
Questionada pela reportagem sobre por que Cunha foi poupado, Maria Lúcia Bicudo, filha do ex-petista Hélio Bicudo, afirmou que o ato era focado em Dilma. “Eu acho que importante agora é esse movimento contra a corrupção, o impeachment, e também a questão do Eduardo Cunha, também concordo. (...) Hoje estamos fazendo para o impeachment, mas com certeza esse movimento vai estar englobando todos os corruptos.”
Dois líderes do Movimento Brasil Livre também falaram na entrevista contra Dilma, o PT e a corrupção que, segundo eles, impregna o partido e o governo.
Questionados após a entrevista sobre a omissão em relação a Cunha, Kim Kataguiri Fernando Holiday adotaram um discurso farsista , de que os movimentos de rua têm pouca condição de pressionar politicamente pela saída do peemedebista. “[Os movimentos] não têm poder nenhum na cassação, não têm ninguém no Conselho de Ética [da Câmara, que deve abrir processo contra Cunha]. O impeachment é muito mais dependente de votos de parlamentares, no Conselho de Ética é um debate muito mais técnico”, afirmou Kataguiri, apesar de o conselho ser formado por 21 deputados federais.

Dilma de volta a Brasilia


Após intensa agenda na Suécia e na Finlândia, onde se reuniu com os chefes de Estado e de governo dos dois países, ampliando o diálogo sobre relações comerciais e parcerias em diversas áreas, a presidenta Dilma está de volta ao Brasil.

Dilma Rousseff em visita oficial à Finlândia

Relações entre Brasil e Finlândia são excelentes e há muitas oportunidades no futuro, diz chanceler


As relações bilaterais entre o Brasil e a Finlândia são excelentes, afirmou nesta terça-feira (20) o ministro das Relações Exteriores finlandês, Timo Soini.

Segundo Soini, os dois países estão avançando “em uma boa velocidade” nas áreas comerciais, de educação e também em relação à política internacional. Ele disse estar feliz pela visita do Brasil à Finlândia com uma delegação de alto nível, composta pela presidenta Dilma Rousseff e cinco ministros de Estado.

O chanceler finlandês previu a ampliação de investimentos finlandeses na América Latina e no Brasil, especificamente. “Há muitas oportunidades, no futuro, de ampliar nossas relações comerciais, com interesses mútuos”, afirmou.


Soini disse estar na expectativa pelos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “Estou aguardando para ir ao Rio, porque o ministro me convidou. Então, será uma coisa bem grande para todos nós”.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Intelectuais lançam na USP manifesto em defesa do Governo Dilma

“A sociedade brasileira precisa reinventar a esperança
A proposta de impeachment implica sérios riscos à constitucionalidade democrática consolidada nos últimos 30 anos no Brasil. Representaria uma violação do princípio do Estado de Direito e da democracia representativa, declarado logo no art.1o. da Constituição Federal.
Na verdade, procura-se um pretexto para interromper o mandato da Presidente da República, sem qualquer base jurídica para tanto. O instrumento do impeachment não pode ser usado para se estabelecer um “pseudoparlamentarismo”. Goste-se ou não, o regime vigente, aprovado pela maioria do povo brasileiro, é o presidencialista. São as regras do presidencialismo que precisam vigorar por completo.
Impeachment foi feito para punir governantes que efetivamente cometeram crimes. A presidente Dilma Rousseff não cometeu qualquer crime. Impeachment é instrumento grave para proteger a democracia, não pode ser usado para ameaçá-la.
A democracia tem funcionado de maneira plena: prevalece a total liberdade de expressão e de reunião, sem nenhuma censura, todas as instituições de controle do governo e do Estado atuam sem qualquer ingerência do Executivo. É isso que está em jogo na aventura do impeachment. Caso vitoriosa, abriria um período de vale tudo, em que já não estaria assegurado o fundamento do jogo democrático: respeito às regras de alternância no poder por meio de eleições livres e diretas.
Seria extraordinário retrocesso dentro do processo de consolidação da democracia representativa, que é certamente a principal conquista política que a sociedade brasileira construiu nos últimos trinta anos.
Os parlamentares brasileiros devem abandonar essa pretensão de remover presidente eleita sem que exista nenhuma prova direta, frontal de crime. O que vemos hoje é uma busca sôfrega de um fato ou de uma interpretação jurídica para justificar o impeachment. Esta busca incessante significa que não há nada claro. Como não se encontram fatos, busca-se agora interpretações jurídicas bizarras, nunca antes feitas neste país. Ora, não se faz impeachment com interpretações jurídicas inusitadas.
Nas últimas décadas, o Brasil atingiu um alto grau de visibilidade e respeito de outras nações assegurado por todas as administrações civis desde 1985. Graças a políticas de Estado realizadas com soberania e capacidade diplomática, na resolução pacifica dos conflitos, com participação intensa na comunidade internacional, na integração latino-americana, e na solidariedade efetiva com as populações que sofrem com guerras ou fome.
O processo de impeachment sem embasamento legal rigoroso de um governo eleito democraticamente causaria um dano irreparável à nossa reputação internacional e contribuiria para reforçar as forças mais conservadoras do campo internacional.
Não se trata de barrar um processo de impeachment, mas de aprofundar a consolidação democrática. Essa somente virá com a radicalização da democracia, a diminuição da violência, a derrota do racismo e dos preconceitos, na construção de uma sociedade onde todos tenham direito de se beneficiar com as riquezas produzidas no pais. A sociedade brasileira precisa reinventar a esperança.
Assinam, entre outros: Antonio Candido; Alfredo Bosi; Evaristo de Moraes Filho e Marco Luchesi, membros da Academia Brasileira de Letras; Andre Singer; o físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite; Ecléa Bosi; Maria Herminia Tavares de Almeida; Silvia Caiuby; Emilia Viotti da Costa; Fabio Konder Comparato; Guilherme de Almeida, presidente Associação Nacional de Pós-Graduação em Direitos Humanos, ANDHEP; Maria Arminda do Nascimento Arruda; Gabriel Cohn; Amelia Cohn; Dalmo Dallari; Sueli Dallari; Fernando Morais; Marcio Pochman; Emir Sader; Walnice Galvão; José Luiz del Roio, membro do Fórum XXI e ex-senador da Itália; Luiz Felipe de Alencastro; Margarida Genevois e Marco Antônio Rodrigues Barbosa, ex-presidentes da Comissão Justiça e Paz de São Paulo; os cientistas políticos Cláudio Couto e Fernando Abrucio; Regina Morel; o biofísico Carlos Morel; Luiz Curi; Isabel Lustosa; José Sérgio Leite Lopes; Maria Victoria Benevides, da Faculdade de Educação da USP; Pedro Dallari; Marilena Chaui; Roberto Amaral e Paulo Sérgio Pinheiro”.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

InfoMoney: Comerciantes comemoram aumento de vendas para Dia das Crianças:


 : Aumento foi em média de 50, segundo lojistas.


Na véspera do dia das crianças, que vai ser comemorado nesta segunda-feira (12), lojistas do Brasil comemoram e se dizem satisfeitos com as vendas. Segundo proprietários de lojas de brinquedos e roupas infantis da cidade do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza, houve aumento de 30% a 50% nas vendas se comparado às ao ano de 2014. A média de gasto com os presentes está na casa dos R$ 100. A mudança surpreendeu muitos comerciantes, que no início desta semana, conforme matérias publicadas pelos Jornais O Globo e Estadão, temiam queda nas vendas em relação a 2014. 
Roberto de Melo, 34 anos, dono de uma loja de videogames no centro do Rio, diz que não tem motivos para reclamar. Segundo ele, seus clientes têm gastando de R$ 20 a R$ 100 no presente da garotada e a procura é grande. “Nesta semana as vendas deram uma boa reagida, tive uma média de 35% de aumento comparando com as último  ano. Estou feliz com o resultado”, conta.
Avó da Alicia de 4 anos e da Alexia de 2, Marilene da Silva, 46 anos, de Belo Horizonte está entre as pessoas que deixaram para comprar presente na última hora. O lado bom foi que as netas já sabiam muito bem o que queriam. “Não precisei procurar muito. Uma delas quer uma boneca da galinha pintadinha e a outra Peppa Pig”, relata. Quando o assunto é o bolso, Marilene lembra que o valor dos presentes não pode ultrapassar R$ 400.
Leila Franco, 31 anos, proprietária de uma loja de brinquedos no Brás,  também afirma que a média de valor de cada presente adquirido em seu estabelecimento é R$ 100. Animada com a semana, ela diz que os melhores dias foram a sexta-feira e o sábado, mas os esquecidos de última hora ainda movimentam este domingo (11).



Mesmo com o tempo quente, na região central de Fortaleza ainda é possível ver muitos pais que deixaram as compras para a última hora, correndo atrás das melhores opções e dos melhores preços, afinal, a criançada não deixa que a data passe em branco.  


sábado, 12 de setembro de 2015

Rede Globo crítica Facebook por não tirar do ar página que pede morte aos Golpistas

O diretor geral da Rede Globo  criticou na manhã deste sábado (12), por meio das redes sociais, a atitude do Facebook de não retirar do ar a comunidade "Morte aos Golpista".


O setor jurídico da Rede Globo, por meio de nota, informa que desde do dia 11 de setembro tem solicitado a remoção do grupo. "Acreditamos que ela [a página] claramente viola as regras de conduta do site, porque ameaça a integridade física das pessoas a favor do imptiman da Presidente Dilma  e incentiva a violência".

O administrador da página do Facebook  “Morte aos Golpista” informou que o objetivo do grupo visa defender a Democracia, o Voto e o Estado de Direito e dessa forma enterrar as ideias golpistas de pessoas, grupos, partidos políticos e alguns setores da imprensa brasileira que não respeita o Estado democrático de Direito. “Não vamos deixar essa elite tomar o Brasil a força, lutaremos para defender a democracia no Brasil”

A reportagem da Web Justiça ainda não conseguiu entrar em contato com o Facebook. Em outro caso parecido a página, Morte ao LULA, o facebook no Brasil não tomou providencias.

sábado, 5 de setembro de 2015

UOL notícias: O sofrimento e morte de refugiado do Oriente Médio e da África são consequências da política do Governo do Estados Unidos nessas regiões. Diz presidente russo

UOL notícias.
O presidente russo comentou que vê "com perplexidade como alguns meios de comunicação americanos criticam à Europa por uma excessiva, segundo eles, crueldade com os imigrantes", enquanto os próprios EUA não sofrem a avalanche de refugiados de países em guerra no Oriente Médio, na Ásia Central e no norte da África. Com um tom mais agressivo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, responsabilizou os Estados Unidos e a sua política no Oriente Médio pela avalanche de refugiados que chega atualmente à Europa.


"A crise (de refugiados) era de se esperar. Nós na Rússia, e esse humilde servidor, já previmos há vários anos problemas de envergadura se nossos parceiros ocidentais seguissem com sua política externa errônea, sobretudo nas regiões do mundo muçulmano", lembrou Putin.
E acrescentou: "A Europa segue às cegas essa política (dos EUA) no marco de seus compromissos de aliados e depois arca com todo o peso" das consequências, disse Putin nesta sexta-feira aos jornalistas durante o Fórum Econômico de Vladivostok.

O chefe do Kremlin reiterou que essa política realizada até hoje pelo Ocidente pretende impor seus valores e padrões nessas regiões sem levar em conta suas peculiaridades históricas, religiosas, nacionais e culturais.


A primeira coisa que é preciso fazer para resolver o problema dos refugiados, segundo Putin, "é lutar juntos contra o terrorismo e os extremismos de todo tipo, principalmente nos países com problemas".

Putin reforçou que a Rússia quer impulsionar a criação de uma coalizão internacional para combater os jihadistas do Estado Islâmico (EI), uma proposta que já fez ao presidente americano, Barack Obama, e também a vários líderes do mundo árabe.

"Apesar de ser impossível hoje em dia que todos os países interessados em lutar contra o terrorismo se organizem no campo de batalha, seria preciso conseguir pelo menos uma coordenação entre eles", advertiu Putin em alusão à recusa do Ocidente, da Arábia Saudita e da oposição síria em lutar junto às tropas do presidente Bashar al Assad.

Enquanto Moscou considera que uma coalizão militar que una o regime de Damasco com sua oposição na luta contra um inimigo comum impulsionará o processo político na Síria, Washington se propôs a estender seus ataques aéreos às tropas de Assad se estas atacarem as milícias apoiadas pelo Ocidente.
 

A Rússia reiterou em muitas ocasiões suas críticas às potências ocidentais por minar as posições de Damasco, alegando que essa estratégia apenas debilitará a capacidade das autoridades sírias de fazer frente à ameaça do EI.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

BBC Brasil: Com base na RESOLUÇÃO Nº 20, DE 1993, o Código de Ética do Senado, Senadores pretendem aprovar abertura de Processo Administrativo Disciplinar contra Aécio Neves

TSE encontra 15 falhas na prestação de contas da campanha de Aécio


Pelo menos três das infrações cometidas são consideradas graves

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo que examina a prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao tucano informações sobre 15 supostas irregularidades detectadas nos documentos entregues à corte.

Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht e Construbase que somam R$ 3,75 milhões. A assessoria de imprensa do PSDB afirma que todos os questionamentos foram respondidos e as doações, contabilizadas. Segundo os tucanos, as irregularidades apontadas pelo TSE são falhas contábeis.

De acordo com a assessoria técnica do tribunal, Aécio repassou para o PSDB uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas não registrou a transferência na prestação de contas. A empresa é investigada na Operação Lava Jato e doou R$ 8 milhões à campanha do tucano e R$ 16,7 milhões ao comitê da presidente Dilma Rousseff.

"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral.

O TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil.

Diante dos fatos com base na Resolução 20 do senado federal  o Conselho de Ética do Senado deverá aprovar  a abertura de processo administrativo disciplinar contra Aécio Neves.

CAPÍTULO III
Dos Atos Contrários à Ética e ao Decoro Parlamentar
Art. 4° É, ainda, vedado ao Senador:

III - praticar abuso do poder econômico no processo eleitoral.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Petrobras e Vale disparam e levam Bolsa à maior alta em nove meses

Plataforma da Petrobras em São Roque do Paraguaçu (BA)
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) disparou nesta quinta-feira (27), puxada pela alta no preço das commodities. Petrobras, Vale e demais siderúrgicas lideraram os ganhos, que no fim do pregão resultaram em alta de 3,64% no Ibovespa, aos 47.715 pontos. Influenciaram o resultado medidas do governo chinês para conter a volatilidade do mercado e dados positivos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.
No cenário interno, a divulgação de contas do governo mostraram um déficit primário de R$ 7,223 bilhões em julho e de R$ 9,05 bilhões no acumulado dos primeiros sete meses do ano. Trata-se do pior resultado para o mês de julho desde 1997. A notícia desacelerou o Ibovespa, mas o índice conseguiu manter seus ganhos até o final do pregão.  
Em meio a uma das maiores altas diárias dos últimos anos no preço do petróleo, as ações ordinárias (PETR3) da Petrobras tiveram valorização de 11,28%, cotadas a R$ 10,16. As preferenciais (PETR4), por sua vez, avançaram 9,62%, a R$ 8,89. O setor siderúrgico também teve bom desempenho, com altas nos papeis da Vale (VALE3, R$ 17,69, +11,26%; VALE5, R$ 13,72, +8,63%), CSN (CSNA3, R$ 3,45, +8,87%), Gerdau (GGBR4, R$ 5,40, +10,88%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 3,13, +17,67%) e Usiminas (USIM5, R$ 3,06, +5,88%). 
Os bancos também seguiram em alta, repetindo o pregão da véspera, em função da decisão da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) de estipular 1º de janeiro de 2019 como início da vigência da nova alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que será de 20%, segundo a MP 675. Subiram Bradesco (BBDC3, R$ 27,00, +3,85%; BBDC4, R$ 24,67, +2,45%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,34 , +3,54%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 19,23, +3,55%).
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 2,27%, aos 16.655 pontos. O S&P 500 também teve alta, de 2,45%, terminando o pregão a 1.988 pontos. 
Bolsas europeias fecham em alta, impulsionadas por medidas do governo chinês e commodities
As principais bolsas europeias encerraram esta quinta-feira (27) em forte alta, impulsionadas pelas medidas do governo chinês para conter a alta volatilidade do mercado e pela disparada nos preços das commodities. Resultados de Wall Street no pregão da véspera também influenciaram as valorizações. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 3,46%, aos 362,27 pontos.
Na manhã de hoje, o Banco Central da China anunciou planos para conter o recuo de sua moeda e o governo do país flexibilizou regras para investimentos imobiliários. Na terça-feira (25), o banco já havia anunciado um corte de 0,25% em sua taxa básica de juros e ontem (26), injetou 140 bilhões de yuans no sistema financeiro local. Todas essas medidas ocasionaram um aumento significativo no preço das commodities, beneficiando empresas ligadas a esses produtos.
Os bons resultados na Europa também foram influenciados pelas fortes altas nas bolsas de Nova York no pregão de ontem e pela revisão do PIB norte-americano, divulgado na manhã de hoje.
A bolsa de Londres teve o melhor desempenho do continente: fechou em alta de 3,56%, aos 6.192,03 pontos. O índice CAC-40, de Paris, subiu 3,49%, aos 4.658,18 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve valorização de 3,18%, aos 10.315,62 pontos. Em Milão, o índice FTSE subiu 3,39%, para 22.201,24 pontos. A bolsa de Madri teve alta de 3,06%, aos 10.290,20 pontos e a de Lisboa cresceu 2,37%, aos 5.305,40 pontos.
Bolsas da China fecham em forte alta de 5,34%
As bolsas da China se recuperaram depois de três quedas consecutivas e fecharam em forte alta nesta quinta-feira (27). O índice Xangai Composto avançou 5,32%, aos 3.083,59 pontos; e o Índice SZSE Component subiu 3,58%.
Outros mercados asiáticos acompanharam a alta da China. Em Tóquio, o Nikkei 225 avançou 1,08%, aos 18.574,44 pontos; em Hong Kong, o Hang Seng subiu 3,81% aos 21.883,14 pontos; em Seul, o índice Kospi teve alta de 0,73% aos 1.908,00 pontos; em Cingapura, o Straits Time avançou 2,49%, aos 2.944,43 pontos; em Taiwan, o Taiwan Weighted, fechou em alta de 1,41%, aos 7.824,55 pontos.
O mercado reagiu bem às medidas do governo chinês anunciadas  na terça e quarta-feira (26/8) para conter a alta volatilidade do mercado, como o corte de 0,25% da taxa básica de juros, para 4,60%, redução dos encaixes compulsórios dos bancos, corte de tarifas relacionadas ao comércio exterior coletadas pelo governo central e pelos governos locais, e injeção de cerca de US$ 21,8 bilhões nos bancos, por meio de uma operação de liquidez de curto prazo, a primeira do gênero desde janeiro.
Yuan fecha em leve alta ante o dólar, apesar de orientação do PBoC
O dólar comercial caiu 1,35%, sendo cotado a R$ 3,5528. O dólar futuro para setembro seguiu movimento contrário, caindo 1,30%, a R$ 3,555. 
O Banco Central da China (PBoC) estipulou a taxa de paridade desta quinta-feira de Yuan/dólar em 6,4085 yuans por dólar, ante 6,4043 yuans/dólar na sessão anterior.
No fim do dia em Xangai, o dólar estava em 6,4053 yuans, com queda marginal de 0,08% ante o fechamento de 6,4105 yuans do pregão anterior.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ao vivo: Rodrigo Janot é sabatinado no Senado


Hoje é a grande oportunidade dos senadores da bancada do governo fazer a pergunta: E agora Janot ¿

Hoje é a grande oportunidade dos senadores da bancada do governo fazer a pergunta: E agora Janot ¿ Qual é a sua atitude diante das declarações na  CPI de Youssef  ao afirmar que Aécio Neves foi beneficiário de propina em Furnas. O Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot a  será sabatinado às 10h na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Depois de sabatinado, Janot passará por duas votações: uma na própria CCJ e outra no plenário à tarde. Responsável pelas acusações de políticos no âmbito da operação Lava-Jato, Janot terá pela frente na CCJ dez dos 13 senadores investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) em denúncias sobre desvios na Petrobras.
Em depoimento prestado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras nesta terça-feira (25), o doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, afirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu recursos desviados de Furnas quando ainda era deputado federal.
Youssef disse que o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010 e condenado no processo do mensalão, contou que operava um esquema de corrupção dentro de Furnas e que Aécio seria um dos beneficiários.
— Eu confirmo [a participação] por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre.

A declaração já havia sido feita em depoimento ao Ministério Público durante as investigações da Lava Jato. De acordo com Youssef, Aécio recebia o dinheiro "através de sua irmã".
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento da investigação envolvendo Aécio. A Procuradoria entendeu que as informações reunidas sobre o presidente do PSDB não foram suficientes para que ele seja investigado, por isso sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia.
Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa participam de uma acareação na CPI da Petrobras. Os dois confirmaram o pagamento de propina de R$ 10 milhões para evitar uma CPI no Congresso.
Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a PGR (Procuradoria Geral da República) e o STF (Supremo Tribunal Federal), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.
Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época.
Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: "Nunca teve contato com Aécio Neves" (página 18) e que "questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não" (página 20).
Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.


Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ontem, dia 20, enquanto muitos petistas e simpatizantes comemoravam nas ruas a denúncia contra o presidente da Câmara, por causa da Lava Jato. Oposição acerta com Cunha estratégia para impeachment de Dilma.


A oposição já definiu qual a melhor estratégia para levar adiante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Tudo foi discutido de maneira intensa ontem (20.ago.2015), enquanto o Palácio do Planalto, ministros governistas e muitos petistas e simpatizantes comemoravam nas ruas a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por causa da Lava Jato.

Em salas adjacentes à presidência da Câmara, deputados de partidos oposicionistas decidiram ressuscitar uma estratégia pensada (e depois quase esquecida) há cerca de 2 meses. Diante da conjuntura atual, o ideal será voltar a recomendar a Eduardo Cunha que arquive os pedidos de impeachment que estão sob sua análise.

Pode parecer contraintuitivo que a oposição esteja sugerindo o arquivamento e ao mesmo tempo desejando o impeachment. Mas há uma lógica cristalina por trás dessa estratégia. Funciona assim:


1) o poder de Eduardo Cunha: o presidente da Câmara (qualquer um que ocupe o cargo) é quem recebe eventuais pedidos de impeachment contra o presidente da República. Tem poder absoluto sobre o processo enquanto tudo está em suas mãos. A decisão inicial é unipessoal.

Há 3 opções para o comandante da Câmara: a) “receber'' (na acepção jurídica do termo) e mandar o processo de impeachment andar; b) rejeitar o pedido e mandá-lo para o arquivo; c) não fazer nada, pois não existe prazo legal que o obrigue a tomar uma decisão dentro de algum prazo definido.

Hoje, se Eduardo Cunha aceitar algum pedido de impeachment contra Dilma poderia ser acusado (e vai ser) de estar retaliando contra o Palácio do Planalto, a quem acusa de estar por trás da acusação da Lava Jato.

Se não fizer nada, Cunha será então acusado de capitular ao poder do governo e de tentar fazer um acordão para se livrar da Lava Jato. Esse seria o melhor dos mundos para o Planalto, que ontem (20.ago.2015) vendeu a versão de uma iminente desidratação do peemedebista e consequente enfraquecimento da tese do impeachment . Os “spin doctors'' palacianos fizeram um eficaz trabalho de disseminação desse raciocínio para a mídia em geral (títulos de reportagens hoje em veículos impressos: “Impeachment perde força após a denúncia, avaliam ministros'', “Cunha tentará ‘incendiar’ a Câmara, mas perderá credibilidade para tal'' e “Planalto vê impeachment mais fraco após denúncia'').

Mas se optar pela terceira opção e arquivar os pedidos de impeachment, Cunha estará dando um “nó tático'', como se diz no futebol, em todos os que imaginaram saídas convencionais. Não poderá ser acusado de perseguir Dilma Rousseff (afinal, arquivou os pedidos).



2) a rejeição é o caminho mais rápido: no mesmo dia em que a rejeição de Cunha aos pedidos de impeachment se tornar pública (a oposição deseja que isso se dê já na semana que vem), algum deputado anti-Dilma apresentará um recurso contra o arquivamento. Esse recurso precisa ser apresentado ao plenário da Câmara. Basta maioria simples para obter vitória.

A maioria simples se dá quando metade dos 513 deputados já registraram presença. Ou seja, bastam 257 no plenário. Nessa hipótese, 129 votos já seriam suficientes para colocar o processo do pedido de impeachment em andamento.

O governo tem perdido quase todas as disputas na Câmara. Uma votação como essa é muito mais fácil para a oposição do que para o Planalto.

Nessa estratégia, Eduardo Cunha fica preservado num momento em que está se defendendo da denúncia de envolvimento na Lava Jato (eis a íntegra da acusação).

A única forma de Eduardo Cunha colaborar de maneira eficaz com o governo seria não fazendo nada. Teria de não se pronunciar a respeito dos pedidos de impeachment: não manda para a frente nem arquiva. Ele tem poder para agir assim. O Regimento Interno da Câmara não fixa prazo para que o presidente da Casa tome uma decisão quando recebe pedidos de impedimento contra o presidente da República.

Nos últimos anos, os pedidos que chegam são sempre ignorados por muito tempo. Depois, são arquivados –por serem ineptos e não terem fundamentos legais. Isso dificulta a vitória de algum recurso contrário ao arquivamento e apresentado ao plenário. Só que agora Cunha tomou uma providência: pediu que a assessoria da Câmara verificasse todos os problemas formais e perguntou aos autores se desejariam fazer alguma correção. Muitos fizeram isso.

Na avaliação dos técnicos da Câmara, 2 ou 3 pedidos de impeachment atendem a todos os requisitos técnicos.

Se Cunha concordar em rapidamente mandar arquivar todos os pedidos, a oposição escolherá um deles para ser debatido no plenário.

O QUE DIZ O REGIMENTO
O artigo 218 do Regimento Interno da Câmara tem 2 parágrafos mais relevantes para sustentar essa estratégia da oposição.

O parágrafo 3º diz que “do despacho do presidente que indeferir o recebimento da denúncia caberá recurso ao plenário”.

Ou seja, quando Cunha rejeitar os pedidos de impeachment e mandar arquivá-los, a oposição poderá recorrer ao conjunto total dos deputados da Casa.

Como o parágrafo 3º não especifica como será a votação (fala só em “recurso ao plenário''), a regra nesses casos é adotar a maioria simples –o caminho mais fácil para a oposição.

Depois da votação em plenário, se a maioria dos deputados reverter o arquivamento promovido por Cunha (cenário mais provável na conjuntura atual), o processo de impeachment começa a tramitar de maneira irreversível –e muito rápida.

É que o parágrafo 4º do artigo 218 do regimento dos deputados afirma que “do recebimento da denúncia será notificado o denunciado para manifestar-se, querendo, no prazo de dez sessões”.

Ou seja, uma vez o plenário –por maioria simples– dizendo que o pedido de impeachment contra Dilma deve ser analisado, nada mais poderá ser feito. A presidente teria de apresentar sua defesa a uma comissão especial, que daria seu parecer em até 5 sessões. É um processo sumário e muito rápido.


Depois que a comissão apresenta seu parecer, o assunto entra na “ordem do dia” da Câmara em 48 horas. Eis o artigo que trata de impeachment no Regimento Interno da Câmara (clique na imagem para ampliar):
RegimentoCamaraImpeachment
No plenário, quando o impeachment vai de fato ser apreciado, o cenário é mais difícil para a oposição. São necessários 342 votos: dois terços dos votos dos 513 deputados para que a presidente da República seja impedida –afastada do cargo até que o Senado julgue o processo em definitivo.

A decisão no plenário da Câmara, segundo o regimento da Casa, é “por votação nominal, pelo processo de chamada de deputados”. Trata-se do sistema no qual o congressista é chamado pelo nome, caminha até o microfone, faz um minidiscurso e declina o seu voto. Tudo transmitido ao vivo pelas TVs. É o momento da glória para os políticos interessados em autopromoção, fazer populismo e pensar muito mais em si próprios do que no país.

O QUE PODE DAR ERRADO PARA A OPOSIÇÃO
Eduardo Cunha pode se recusar a entrar nessa estratégia. Ele tem sido ambíguo nas suas conversas com deputados de oposição. Tudo está nas mãos do presidente da Câmara.

COMO O GOVERNO PODE REAGIR
Se Cunha aceitar arquivar os pedidos, permitindo o questionamento em plenário, será necessária uma manobra muito grande para impedir a instalação da comissão especial que analisará o tema.

O governo hoje mal consegue indicar seus deputados para integrar o comando de CPIs relevantes como a do BNDES e dos fundos de pensão. Não há, no momento, energia no Planalto capaz de manobrar para impedir a instalação de uma comissão especial.

A esperança do governo é o Supremo Tribunal Federal. Haveria uma disposição do STF para barrar a progressão de um processo de impeachment, por considerar que não existe o fato concreto que configure o “crime de responsabilidade'' de Dilma Rousseff. Seria uma saída para o Planalto, mas com desgaste político gigantesco: 2 Poderes da República (Legislativo e Judiciário) teriam de duelar em público.

Tudo considerado, é claro que ainda continua intangível essa hipótese de prosperar um processo de impeachment. Só que continua a existir disposição entre os oposicionistas. A popularidade presidencial segue no chão. A recessão econômica entra na sua fase mais dramática neste 2º semestre de 2015. E Eduardo Cunha é dado a estratégias heterodoxas (pode aceitar a “bruxaria'' do arquivamento dos pedidos de impeachment).

Se o plano da oposição seguir em frente, mesmo que o impeachment não venha, haverá enorme desgaste do Planalto. A administração federal petista terá de suar até debelar por completo o problema. Gastará energia vital que poderia ser usada para tentar recuperar a economia, fazer o país andar e melhorar a conjuntura geral. Mas tudo isso teria de ser adiado porque a prioridade número 1 será salvar Dilma Rousseff e mantê-la na cadeira.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

CUT (Central Única dos Trabalhadores): "Ir para as ruas, entricheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidente Dilma Rousseff".

Nesta quinta-feira (13) a presidente Dilma Rousseff se reuniu com líderes de diversos movimentos sociais, como MST, a UNE, a CTB, a Contag, a CMP e representantes de mulheres pescadoras. As principais linhas de discurso dos líderes dos movimentos, de maneira geral, foram um repúdio ao que chamaram de "golpe da oposição" e várias críticas ao ajuste fiscal, proposto pela equipe econômica do governo Dilma, além de pedidos específicos de cada setor representado.
Um dos discursos mais duros feitos contra os defensores da saída da presidente Dilma foi feito por Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Freitas defendeu "ir para as ruas, entricheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidente Dilma Rousseff".


"Nós seremos o exército que vai enfrentar essa burguesia nas ruas", disse, para aplauso de parte da plateia. "Esse povo que está aqui tem condições de enfrentar os 'coxinhas' na rua", disse ainda, citando líderes de outros movimentos presentes.

Raimundo Bonfim, coordenador do Central de Movimentos Populares (CMP), criticou, de maneira mais branda, os opositores de Dilma. "Os coxinhas que vão pra rua dizem que sonegação fiscal não é corrupção; é corrupção, sim", gritou, para delírio do público. 

Guilherme Boulos, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) também fez um "alerta aos golpistas" que, segundo ele, "se utilizam de insatisfação pessoal para impor o seu projeto político". "Essa turma do Jardins, turma do Leblon, turma do Lago Sul, não representa o povo brasileiro", afirmou Boulos, citando áreas nobres de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Críticas

O líder dos sem-terra, porém, criticou o que considera de negativo na política econômica do governo federal. "Não aceitamos nem aceitaremos um ajuste fiscal que fira direitos trabalhistas", disse, citando investimentos na saúde e educação e defendendo a taxação de grandes fortunas. "A agenda do Brasil não é a agenda do Renan; a agenda do Brasil é a agenda do povo", afirmou Boulos, criticando medidas econômicas propostas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

Outra que criticou Dilma face a face foi Elionice Sacramento, do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais. "A gente tem que utilizar aqui como um espaço de denúncia", disse. "O modelo de desenvolvimento que a gente considera retrocesso é um modelo exterminador dos povos tradicionais", criticou, referindo-se da mesma forma ao ajuste fiscal. "Nós não aceitamos que o povo pague a conta da crise", esbravejou.